Ok, já estou abusando 3 posts num dia só? mas eu preciso escrever.
Ontem foi um dia daqueles, parece que vc já acorda de mau-humor e começa a dar tudo errado… será que é coisa de destino ou só um pouco de estresse?
Em todo o caso veja o número que aparaceu no hodômetro do meu carro
Impressionante, ontem eu quase desmontei o quarto inteiro pra achar a chave do carro… detalhe, eu ou ele deixamos a chave no carro…grrrrrrrrrrrrrrrrr que ódio!!
Aí fui fazer o favor de buscar umas latas velhas pra consertar no carnaval.. e eu descobre q esqueci os documentos… a mulher do prédio achou ruim e olhou feio pra mim.. e eu devolvi a simpatia!
Com as mãos sujas e alguns cortes, sim, pois algum estagiário inútl não servia nem pra descer os pcs até o carro… e o cara do estacionamento já foi falando: Dez minutos hein!!!
Passados 15 minutos resolvi qeue eu tinha que compesar o péssimo dia q eu tive com uma sessãozinha de cinema, estava querendo ver O Homem Duplo mas neste cinema não estava passando.
Resolvi ir ver Pecados Íntimos. que tem um nome sugestivo mas leia abaixo e veja porque muitos irão se decepcionar (talvez). eu me senti meio constrangida de ir ao cinema ver este filme sozinha… mas fazer o que, até que o cinema não estava tão vazio assim. Ah pra completar o roll de merdas, a minha pipoca caiu quase toda no chão!!!!
Pecados Íntimos
(Little Children, 2006)
Data: 31 de Janeiro de 2007
Por: Maíra Suspiro
Pecados. Atire a primeira pedra quem nunca cometeu um. E do tipo íntimo, aí que pedras serão jogadas. O filme em questão trabalha de forma curiosa os supostos pecados íntimos que cometemos. Com Kate Winslet provando ser dona de uma beleza que dispensa superproduções e de um talento bruto, Todd Field mostra porquê “Pecados Íntimos” recebeu tantas cotações nos festivais de cinema.
OBS: A crítica abaixo pode conter alguns spoilers. Por isso, se não deseja saber muitas informações importantes para o desenvolvimento do filme antes de ir ao cinema , procure ler este texto após ter assistido ao longa-metragem em questão.
Crítica completa
3 indicações ao Oscar. 3 indicações ao Globo de Ouro. 1 indicação no British Academy of Film and Television Arts. A maioria das indicações valoriza as atuações do filme, especialmente a de Kate Winslet, atriz que traz em sua filmografia filmes notórios, como “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança” e “A Vida de David Gale”.
Nos primeiros momentos, fiquei confusa. O diretor usou de um narrador para apresentar alguns personagens, um narrador que me lembrou o estilo do seriado “Desperate Housewives”. Além disso, até os primeiros momentos eu não sabia exatamente qual o tom que seria dado à história: drama, comédia , romance…
O filme conta a história de vários personagens, basicamente jovens casados, cujas vidas se entrelaçam nos playgrounds e esquinas de uma pequena cidade, aparentemente pacata, mas que pode ser supreendentemente intrigante. Todavia, a história centra-se em um casal anômalo: Sarah Pierce (Kate Winslet) e Brad Adamson (Patrick Wilson, o Rauol de “O Fantasma da Ópera”). Sarah vive um casamento infeliz. O marido, Richard Pierce (Gregg Edelman), marketeiro de sucesso, abusa da sua paciência com o seu descaso em relação aos assuntos familiares, principalmente com a filha Lucy, e particulares, como o seu pequeno vício em pornografia na Internet. Brad tem situação parecida. Ofuscado pelo sucesso da mulher, ou melhor, pelo seu próprio fracasso na profissão, Brad é o pai exemplar que assume o papel também de mãe enquanto cuida do filho Aaron até sua esposa, Kathy (Jennifer Conelly, de “Réquiem para um Sonho”) chegar em casa. Ambos vivem uma rotina inquietante, até o dia em que se encontram num playground da vizinhança. Por uma jogada do destino, os dois passam a compartilhar da rotina de pais juntos e um envolvimento, que nunca ensaiou ser apenas amizade, surge. E vale ressaltar os dois filhotes desses casamentos desbotados: Lucy e Aaron.
Em paralelo, aliás, nem tão paralelo assim, outros personagens desenvolvem seus dramas. Larry Hedges (Noah Emmerich, de “Celular – Um Grito de Socorro”) é um ex-policial afastado por justa causa que se ocupa com tarefas do bairro. A principal delas é atormentar o ex-presidiário Ronnie McGorvery (Jackie Earle Haley), preso por abuso infantil e solto recentemente. Ronnie, por sua vez, mora com sua mãe, May McGorvery (Phyllis Somerville), uma senhora dedicada ao filho que luta por inclui-lo de volta no meio social. Ainda temos as mulheres casadas, supostas mães ideais e controladas, com toda a sua hipocrisia e irritação com a atitude alheia.
Aparentemente, o filme não traz nenhum tema extraordinário. Pelo contrário, são situações bem comuns e fáceis de serem assimiladas por nós. Ok, a jogada do ex-presidiário não é tão cotidiana, mas nos dias de hoje, os criminosos andam muito mais desapercebidos. Acontece que, essa semelhança com a realidade é a grande jóia do filme. Ele não busca a perfeição de ninguém, nem constrói heróis. Pelo contrário, Kate Winslet aparece em Sarah com uma beleza insegura e natural, fora do convencional. Sem maquiagem, com inquietações e impulsos, e um estilo maternal longe de ser dito adequado. Brad, o típico “rei do baile”, tem uma posição secundária em casa, e mesmo tendo uma vida aparentemente invejável, ele não se satisfaz. Mesmo com uma esposa linda e atraente, que cuida dos assuntos financeiros da casa e subjulga seu papel de mãe deixando para ele a convivência com o filho e os afazeres domésticos, Brad anseia por algo mais.
Ambos procuram por uma válvula de escape, um tempero novo nessa vida enfadonha e suburbana, e juntos passam a compartilhar dessa rotina, sem ao certo saberem o que querem ou quem são de verdade. Enquanto Sarah transborda de emoções e impulsos até imaturos, ele extravasa sua energia em jogos juvenis e programas que o valorizem. No final das contas, o que os dois procuravam estava bem debaixo dos seus narizes. Só não estavam sendo colocados no devido lugar na prateleira de valores. E pensando bem, é disso que o filme trata: as inquietações típicas de cada pessoa, que nos impulsionam a agir, e conseqüentemente, afetamos a vida daqueles ao nosso redor. São os nossos pecados íntimos. Somos pequenas crianças ansiosas que erramos tentando acertar.
Lucy, a filha de Sarah, passa por abusada no começo do filme. Na verdade, ela é apenas uma criança que sente falta do colo da mãe, que sofre por perceber a insatisfação daquela que ela mais ama. Larry busca uma aceitação qualquer, fugindo do tormento de seu passado, e acaba por descontar em Ronnie sua frustração. Talvez ele encontre uma semelhança em Ronnie que para ele é inaceitável. Ele castiga Ronnie como se estivesse castigando o seu lado errante. E no final das contas, todos os dois sofrem com seus erros e buscam uma convivência menos dolorosa a cada dia.
Enquanto às mulheres casadas, responsáveis pelas fofocas diárias no playground, afastam e criticam impiedosamente tudo e toda pessoa que chegue perto de desmascará-las ou chegue perto de se libertar da vida medíocre e acomodada. Justamente por isso Madame Bovary é tão apedrejada, sutilmente citada durante o filme. Não é a questão de ser conservadora e não ultrapassar limites. Mas a busca pela possibilidade de uma vida melhor. É o que todos fazem, consciente ou inconscientemente. E não é pecado tentar ser feliz. *
Tecnicamente falando, o roteiro do filme é muito bom, redondo. Não lembro de ter notado algo de interessante na trilha sonora. Acredito que ela assumiu mais o papel de background. Mas vale diferenciar a sonoplastia, que chega a causar desespero em determinadas seqüencias no final do filme. A fotografia facilita a identificação com o tom do filme e os direcionamentos de câmeras chegam a ser bem delicados.
Pelo que pude perceber, “Pecados Íntimos” não quer ser erótico – como o pôster do filme pode insinuar -, e não procura ser perfeito. Claro que ele aborda a sensualidade, mas é algo além do sexo. É um drama sobre relacionamentos, abordando de um ponto de vista muito mais pessoal e conseqüente. Cada personagem tem uma situação, uma inquietude que, ao ser extravasada, afeta pessoas ao redor de formas diferentes, e muitas vezes, despercebidas. É um recorte de situações possíveis e naturais. Dentro da sua intenção, foi muito bem sucedido e surpreendeu com um final que mescla tensão, subjetividade e intimidade.
Cinema com rapadura
* de fato tentar ser feliz não é pecado mas me pareceu que eles não estavam assim tão certos do que queriam
Oi Carol, não li o spoiler. Mas vim comentar sobre o hot roll de shimeji. Eu sempre peço em todos os restaurantes japoneses em que vou. Mesmo que não esteja no cardápio Neste restaurante em particular, colocaram no menu depois de eu pedir várias vezes seguidas. Geralmente o sushiman prepara especialmente para vegetarianos. E se não há opção de comida para vegetarianos eu reclamo e digo que o lugar é atrasado, que vegetariano não come só salada e vou embora. Beijos!
hahahahaha
que porcaria. já derrubei minha pipoca no chão também.
uma tristeza só!
quanto ao filme… não me pegou não. acho que verei outra coisa.